Sinpro publica apoio de profissionais da Educação a Paulo Bufalo
Profissionais da Educação de diversas instituições da cidade declararam apoio à candidatura de Paulo Bufalo (PSOL) em manifesto publicado pelo Sinpro – Sindicato dos professores de Campinas e região – na coluna Tribuna de Debates, que foi ao ar nesta quinta-feira (29). O jornal do sindicato é um tradicional parceiro das candidaturas e mandatos em prol da Educação e os professores sindicalizados apresentam seus e suas candidatos (as). Este ano, a publicação é somente no meio virtual: http://tribunadedebates.com/candidatos/paulo-bufalo/
O texto “Em defesa da vida” foi escrito pelo apoiador e professor das universidades – Esamc e Unip, José Roberto Cabrera, retrata a situação de abandono e desmanche do serviço público que vivemos em Campinas e no país. O texto também destaca a importância de Paulo Bufalo voltar à Câmara Municipal.
O professor Cabrera é doutor em ciências políticas, pesquisador do Observatório de Gestão Pública do Trabalhador e autor do livro Porta entreaberta: o fim da União Soviética e as esquerdas brasileiras: o caso do PC do Brasil (2012).
Paulo Bufalo também é professor na Escola Técnica Estadual Bento Quirino e mestre em Educação. Sempre atuou em defesa da educação, da criança e do adolescente com leis e projetos de lei, seminários e cursos. Agora, conheça outros (as) profissionais da educação que apoiam Paulo Bufalo e logo abaixo o texto publicado na íntegra:
ETEC Bento Quirino –
Simone Ap. Bueno Luna; Tania Mara Campanholo; Matheus Barreto Pazos de Oliveira; Américo Baptista Villela; Orleide Ap. Alves Ferreira; Marina Groschitz; Dimas Fernandes (professores (as).
Prefeitura Municipal de Campinas:
Beatriz Ruela; Roberta de Paula; Sálua Guimarães; Maria Claudia F Correa; Cristina Maria Campos; Rosana Ceccon; Joseane Bufalo; Vilma Campos; Gabriela Chiarelli; Paula Alves (professoras da PMC);
Sonia Santos (monitora PMC);
Thaís Carvalho Zanchetta Penteado (supervisora PMC);
Maria de Lourdes Gomes Silva (orientadora PMC);
Simone Pinto da Silva (diretora PMC);
Elizangela de Oliveira – Educação Infantil Rede Privada
Rede Estadual –
Silvia Castro; Maria Cristina Rosa Wenzel (professoras);
Eliana Ap. Pires da Costa (Professora PMC e do Ensino Superior Privado aposentada);
Unicamp –
Ana Lúcia Goulart de Faria (professora da Faculdade de Educação);
Jessica Veiga (professora de creche na Unicamp);
Universidades privadas
Esamc e Unip – José Roberto Cabrera (professor)
Universidade São Francisco – Luís Roberto Wenzel (professor);
Centro Univ. Anchieta de Jundiaí – Antonio Donato Leal (professor).
Em Defesa da Vida
Paulo Bufalo, vereador
As eleições desse ano serão completamente diferentes. Se nas eleições passadas lutávamos para manter as conquistas da democracia e resistir ao neoliberalismo e sua sanha de privatizar tudo, agora temos que lutar de maneira clara e inequívoca também em defesa da vida. Pode parecer estranho, mas os rumos que o país tomou nos obrigam a escolhas que poderiam parecer sem sentido, mas que hoje são fundamentais.
O desmonte do Estado e das políticas sociais mantido pelo atual governo colocaram o país numa condição frágil no enfrentamento da pandemia e da crise econômica que se arrasta há anos. Baseado no discurso de ser diferente de tudo que está aí, Bolsonaro faz a mesma política que criticou. Governa para seu grupo, sua família e seus aliados, utilizando-se de um milionário esquema de propaganda e beneficiando os mesmos que concentram cada vez mais riqueza às custas da flexibilização das leis trabalhistas e aparelhamento do Estado.
Os efeitos disso são visíveis nas áreas sociais. Para 2021, o orçamento das forças armadas será maior que o da educação. Enquanto a Amazônia é ocupada pelo garimpo ilegal, pecuária e monocultura, o governo desmonta o IBAMA e todos os órgãos de fiscalização e controle. Situação similar ocorre nas áreas fundamentais para a manutenção da vida da população mais pobre, enquanto os banqueiros se exaltam com promessas de mais privatizações.
No âmbito municipal, os governos também se comprometem com o desmonte das políticas sociais, atacam os servidores públicos e buscam privatizar os serviços em nome da modernidade, mas que se resume à transferência de recursos para o setor privado. Administram o público com a mentalidade do privado.
Muitos candidatos colam no discurso de serem diferentes, propondo uma nova política, com viés nacionalista, mas são mais do mesmo. Falam em defesa da pátria, mas aplaudem a submissão e a entrega do Brasil ao capital privado enquanto seu povo retorna ao mapa da fome.
Campinas é um reflexo disso. O Executivo governa com o Legislativo no bolso, sem mecanismos que estimulem participação popular. O município fica refém das exigências do capital privado, tanto nas obras públicas, na gestão das políticas e no avanço sobre o patrimônio natural, como é o caso da flexibilização das regras na APP do rio Atibaia.
Os mandatos do PSOL têm sido referência na resistência a esse modelo. Em todo o Brasil temos denunciado as contradições entre a gestão pública e os interesses privados e lutado em defesa da democracia e dos direitos humanos. A defesa da vida ganha contorno estratégico, pois não podemos aceitar que a lógica do lucro se sobreponha à proteção do direito à vida. Isso ficou evidente no transcorrer do ano de 2020 e o modo como o Poder Executivo e o Poder Legislativo trataram a proteção às pessoas.
Paulo Bufalo é imprescindível. Professor do Centro Paula Souza, mestre em Educação, foi vereador três vezes e sempre esteve na linha de frente da defesa dos interesses da população pobre e periférica, assim como na preservação do patrimônio natural, material e imaterial da cidade. Sua passagem consolidou-se como referência no combate aos desmandos de uma administração privatista e limitada, preocupada apenas com projetos eleitorais de curtíssimo prazo, incapaz de pensar a cidade como espaço público e não de negócios. Sua dedicação, capacidade e compromisso com as lutas sociais na cidade o credenciam para essa disputa e nós não temos vergonha de pedir seu voto.
Professor José Roberto Cabrera (Esamc/Unip).